terça-feira, 13 de setembro de 2016

Preciso falar de...




Vendo ultimamente os textos publicados por Gregório Duvivier (do qual não sou fã ou admirador) e Rafinha Bastos (o qual tenho um pouco mais de respeito mas ainda longe de me espelhar nele para algo) me senti encorajado a falar novamente sobre sentimentos, relacionamentos e essas coisas que fazem a vida ter altos e baixos.

Pois bem eu não conheci ela no jazz, e tão pouco em uma balada (nem mesmo sequer imaginaria conhecendo ela numa situação dessas), conheci em uma sala qualquer, em uma noite qualquer onde eu com meu violão paguei um dos maiores (e melhores) momentos vergonhosos da minha vida, onde entrei em duas salas cheias de pessoas na qual na primeira demonstraram total desinteresse pelo que eu tinha a falar, na segunda não foi tão diferente, mas la estava ela, e tão logo me perdi no fundo dos seus olhos... ah cara aqueles olhos, mas a historia desses olhos conto mais adiante.

Por incrível que pareça, o meu objetivo ao ir naquela noite havia sido atingido, e na outra semana ela e uma amiga estavam no local onde eu e outros amigos nos reuníamos semanalmente... agora ela era parte de algo que eu era parte. Poder ver ela toda semana, conversar e olhar no fundo daqueles olhos azuis que pareciam cada vez me puxar mais para dentro deles, era algo incrível um lance quase de hipnose, posso até afirmar que talvez exista magia depois de ter experimentado aquela sensação.

O tempo passou e assim naturalmente nos aproximamos bastante, até o dia em que uma viagem a uma cidade serrana, após um longo dia de diversão e encontros amistosos em um momento de turismo no centro da cidade onde estávamos com um grupo de pessoas, conseguimos a façanha de nos perder dos outros em um centro tão pequeno que tinha umas dez quadras no máximo. Depois de encontrarmos os outros e retornar ao ônibus em que sentamos lado a lado o dia foi coroado com um beijo.

O tempo passou, ficamos outras duas ou três vezes e hoje aparentemente parece que restou apenas a amizade. Não fizemos um filme, gravamos uma musica, assistimos séries juntos ou sequer queimamos um rizoto e depois saímos para comer algum lanche de um fast-food qualquer... por que nem sequer tivemos tempo pra isso.

Mas mesmo sendo algo tão rápido acredito ter sido amor (pra mim foi com certeza, pois não consigo ter qualquer tipo de relação sem o mínimo de sentimento que seja), pra ela talvez tenha sido, talvez não. Mas o que quero trazer em evidencia aqui, é que em uma relação,  não importa o tempo, não importa a situação em que se conheceram, as coisas que fizeram juntos ou deixaram de fazer, o que importa é se existiu ou não amor... se foi real, parabéns você teve a experiência mais bela e fascinante que um ser humano pode experimentar.